Artista: Amanda Naomi Yuki
Título, ano: Correntão, 2019.
Técnica: Bricolagem com corrente, galhos, vergalhões, pedaços de concreto, terra e cimento.
Dimensões próximas: 2 x 3 x 5 m.
Montagem referente ao II Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea no Espaço Renato Russo de abril a junho de 2019.
Foto: Rodrigo Zago
A instalação de Amanda Naomi faz referência ao “Correntão de arrasto”, um método controverso de desmatamento.
Na internet encontramos vídeos com a prática do correntão.
A obra de Naomi é composta por diferentes materiais: pedras, raízes, corrente de ferro e areia. Uma raiz aparece presa à parede pela corrente, no seu lado mais grosso. Suas ramificações se projetam em diferentes direções, sugerindo o arrasto sofrido pela planta. Vemos uma faixa quadrada de terra sob a raiz que lembra um solo exposto.
O solo é um organismo vivo, que respira, possui metabolismo e tem temperatura. Mas para realizar sua função a terra precisa que sua pele, composta pela vegetação, seja preservada.
Se a terra é viva, porosa e biodiversa, as colheitas são ricas, os animais e os homens são saudáveis. Mas se a terra está exposta, esgotada e compactada, as colheitas são fracas, os animais e os homens adoecem.
A cobertura vegetal tem efeito direto no clima. Com o aumento da destruição da natureza, cada vez mais vivemos os efeitos das mudanças climáticas, com altas temperaturas, secas e crise hídrica.
Educativa pergunta interessada na conversa com os públicos:
Você identifica soluções restauradoras de áreas degradadas?
Para participar da ação, basta comentar as postagens dos vídeos nas redes sociais do Programa Educativa, respondendo às questões propostas com a #verdepertoMuN.
Se preferir, você pode enviar suas respostas para o e-mail educativa@tuia.art.br com o assunto “ver de perto”.